terça-feira, 23 de novembro de 2010

Orientações e programação final























DATA/HORÁRIOSexta-feira (26.11)Sábado (27.11)Domingo (28.11)
MANHÃ 6h40 - 7h20: Café da Manhã

7h40 - 8h10: Apresentação da região, histórico, áreas e principais desafios. Orientações para a visita às áreas
Tarciana - Direção Estadual do MST

8h20 - 12h: Vivência em áreas do MST (acampamento, pré-assentamento e assentamento)
8h - 8h40: Análise de conjuntura, desafios e lutas atuais do MST
Débora e Zé Roberto

8h40 - 12h: Discussão e socialização sobre o papel dos estudantes nessa conjuntura, propostas possíveis e encaminhamentos
TARDE13h: Saída de Maceió
15h: Chegada
17h: Abertura - Mística, apresentação dos participantes, objetivos do encontro e exibição de filme
12h - 14h: Almoço

14h - 15h: Preparação de material a respeito da vivência

15h - 18h: Socialização e debate sobre a vivência - Reforma Agrária Popular
Débora Nunes - Direção Nacional do MST
12h - 13h: Almoço e mutirão de limpeza

13h: Mística de encerramento

14h: Bingo da Reforma Agrária
NOITE19h - 21h: Debate: A relação MST-Universidades-escolas e exposição de experiências dos estudantes
Prof. Ms. Franqueline - Assistente Social do MST

21h30: Programação Cultural
19h - 21h: Debate: Trajetória e configuração do MST nesses 25 anos de luta
Zé Roberto Silva - Coordenação nacional do MST

21h30: Programação Cultural


ORIENTAÇÕES AOS/ÀS PARTICIPANTES

TODOS/AS estão convidados/as a participarem das ativdades do Dia Estadual de Luta Contra a Violência e a Impunidade no Campo e na Cidade, que acontecem pela manhã do dia 29 em Atalaia e pela tarde em Maceió.

A concentração para o ônibus saindo de Maceió será às 12h30 na Reitoria - Ufal.
Uma van virá de arapiraca trazendo os participantes do Agreste e Sertão.

Materiais para levar: colchonete, lençóis, toalha, materiais de higiene pessoal, um pouco de dinheiro para as culturais, repelente e INSTRUMENTOS MUSICAIS...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fortalecendo nossas alianças

"Só, só sai
Só sai Reforma Agrária
Com a aliança
Camponesa e operária..."


E Universitária!! Concordam?

É pra fortalecer essas alianças da classe trabalhadora que vamos nos encontrar daqui a 15 dias no assentamento São Pedro, Zona Rural de Atalaia. Numa região marcada pelos conflitos entre os interesses dos ricos e os dos oprimidos.

Lembrando um passado recente, Atalaia viu tombar na luta pela terra José Elenilson (em 2001) e Jaelson Melquíades (em 29 de novembro de 2005). Indo mais longe, podemos lembrar que a região também fazia parte do Quilombo dos Palmares e carrega o espírito de resistência de nossos ancestrais negros, índios e camponeses.

Vamos animar os corações e preparar a viola porque o nosso Encontro - Estudantes em Movimento - está chegando!

Ouça Mercedes Sosa - Me gustan los estudiantes

Veja a Programação...

26.11 (Sex)
Tarde


Saída de Maceió – 13:00h

Chegada – 15:00h

Abertura – 16:00 às 17h
Mística, apresentação dos participantes, objetivo do Encontro e apresentação de vídeo/documentário

Jantar – 18:00h

Noite

Debate – 19:00 às 21:00h
Exposição da trajetória e configuração do MST nesses 25 anos de luta

21:30 as 23:00h
– Programação Cultural

27.11 (Sáb)
Manhã

07:00 às 07:30
– Café da manhã

07:50 às 12h – Vivência em áreas do MST (acampamento, pré-assentamento e assentamento)

Tarde

12: às 12:40h
– Almoço

14:00 às 17:00 – Socialização e debate sobre a vivência

17:00 às 18:00h – Preparação de material a respeito da vivência.

18:00h – Jantar

Noite

19:00h
– Debate: A relação MST-universidades-escolas e exposição de experiências dos estudantes

21:30h – Programação Cultural

28.11 (Dom)
Manhã

07:00 às 07:30h
– Café da manhã

08:00 às 08:40h – Análise de conjuntura, desafios e lutas atuais da agenda política do MST

08:40 – 12:00h – Discussão e Socialização sobre o papel dos estudantes nesta conjuntura, propostas e possíveis encaminhamentos.

Tarde

12:00 – 13:30h – Almoço e mutirão de limpeza.

13:30h – Mística de encerramento e retorno

No dia 29 de Novembro, Dia Estadual de Lutas pela Reforma Agrária e contra a Criminalização dos Movimentos Sociais, todos estão convidados a fazerem parte das mobilizações por Justiça no Campo, em Atalaia e em Maceió.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Do acordo dos usineiros à queda de Suruagy




O início da década de 1990 foi marcado, em nível mundial, pela recente queda do muro de Berlin, abertura econômica de países do bloco Socialista e pela proliferação de um sentimento de fim da História, com a suposta derrota do Socialismo e vitória do Capitalismo. Para consolidar este salto, os grandes países capitalistas formularam, numa reunião em Washington (EUA), uma série de teorias e políticas públicas a ser aplicadas em países periféricos, como o Brasil e seus irmãos latino-americanos. Aprofundando a dependência destes países às grandes potências econômicas, o chamado “Consenso de Washington” propunha a minimização do Estado, com cortes de verbas em políticas sociais de base, como educação, saúde e cultura, além da cessão destes serviços para a iniciativa privada.

No Brasil, com a vitória de Collor e da Globo na eleição presidencial (1989), as portas do país estavam finalmente abertas ao pensamento neoliberal. Vimos, primeiro com Collor e depois na Era FHC, o sucateamento do serviço público e a abertura destes para o capital privado. Um exemplo foi o “boom” de Universidades privadas que pipocava em esquinas de todo o país.

Para entender a situação de Alagoas, nesse cenário, precisamos remontar às origens de suas bases econômicas, quando da instalação dos bangüês e sua transição para o sistema de usinas. De 1570 a 1890, os bangüês resistiram como único modelo de cultivo e processamento da cana-de-açúcar, mas em 1892, com a instalação da Usina Brasileiro, aos poucos foram cedendo lugar a novas tecnologias e um novo jeito de cultivo e de melhoramento. “Os engenhos centrais, por sua vez, foram, gradativamente, desaparecendo. Já as usinas prevaleceram no território configurando-se como responsáveis pelo desenvolvimento econômico, (de) formação da sociedade e centralização do poder em Alagoas”, segundo Almeida e Santos (2006).

A exclusividade da cana-de-açúcar como único produto em Alagoas dificulta nossa independência e centraliza o poder nas mãos dos poucos donos de usinas. Dos 102 municípios em Alagoas, 54 cultivam a cana e, apesar das tentativas de diversificação ao longo da história como o algodão, o turismo, os distritos industriais, a cultura canavieira territorializa o agronegócio no Estado, cristalizando também as relações de poder localmente em favor dos grupos de usineiros.

A década de 1990 inicia em Alagoas ainda respirando os ares da década anterior, que definiu econômica e politicamente o destino dos alagoanos. Sempre beneficiados pelo Estado para consolidar seus lucros, como em programas de financiamento existentes, como os do IAA (Instituto do Açúcar e Álcool) desde a década de 1930 e do Planalsucar (Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-Açúcar) e PróÁlcool (Programa Nacional do Álcool) desde a década de 1970, as oligarquias familiares orquestram um verdadeiro assalto aos cofres públicos. Só no PróÁlcool, Alagoas recebeu 7% de todos os projetos aprovados no país. Em julho de 1988, o “Termo de Transação do Indébito da Cana Própria”, popularmente conhecido como Acordo dos Usineiros, foi o golpe fatal do utilitarismo do Estado em função de uma elite. Ao aceitar o questionamento dos donos de usinas sobre a cobrança indevida do Imposto de Circulação de Mercadoria (ICM, hoje também de Serviços, ICMS) sobre a cana-de-açúcar que circulou dentro de uma mesma empresa (a chamada “cana própria) entre julho de 1988 e abril de 1989, o então governador Fernando Collor assume, pelo Estado, uma dívida de cerca de R$ 125mi. Sem verba para quitá-la, as partes entram em acordo pela isenção do imposto a estas empresas durante 10 anos. No primeiro acordo, 19 empresas foram beneficiadas. Um ano mais tarde, em 1989, mais 12 foram incorporadas. Maior fonte orçamentária do Estado, os tributos das usinas chegaram a somar cerca de 60% de toda a renda em Alagoas. Com o acordo, durante a década de 1990 chegava a 10% anualmente.

Com a consolidação de um modelo de Estado à serviço de uma elite, os anos que se seguiram foram de caos nos serviços públicos. O Estado cada vez mais se afogava na lama das usinas e, com a sede por crédito das empresas do setor sucroalcooleiro após o fim do IAA e seus subsídios, vê falir seu banco Estatal (o Produban). Com as portas abertas ao caos, o estopim dessa bola de neve vem em 1997, sob a hégide de Divaldo Suruagy, então governador que propõe um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para os servidores públicos. Com a adesão de 13.000 dos 21.000 professores, além de milhares de outros profissionais, a visão de diminuição dos gastos com a máquina pública não foi suficiente para fazer nossa economia emergir e, em 1997, os servidores vão as ruas para protestar.

O clima de insatisfação e de instabilidade política ficou mais aparente com o aquartelamento dos policiais militares e com a pressão pelo impeacthment de Suruagy. Depois de vários suicídios de pais de família desesperados e de um longo tempo de mobilizações, no dia 17 de julho de 1997, com uma grande tensão em praça pública e confronto entre Pms leais e rebeldes ao Governo, Divaldo Suruagy é derrubado do posto máximo do comando em Alagoas. A pressão popular foi, desta vez, vitoriosa e abriu o caminho para a reestruturação econômica, política e social do Estado. Com Mano, vice de Suruagy, e com Ronaldo Lessa, eleito em 1998, o cenário não poderia sair da instabilidade e se reverter (a dívida pública chegou a R$ 1,5bi), sem que se rompesse essa relação de promiscuidade que os usineiros têm em relação ao nosso Estado, sempre sugando quando lhe é necessário e nunca repartindo benefícios com a população local.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Encontro com estudantes amigos e amigas do MST


Nestes 26 anos de existência do Movimento dos Trabalhadores/as Rurais Sem Terra (MST), diversas organizações, entidades, companheiros e companheiras foram fundamentais pelo apoio que nos proporcionaram na luta pela terra e pela reforma agrária no Brasil. Dentre estes, estudantes individualmente ou através do movimento estudantil deram contribuições significativas em toda essa trajetória, tanto no fortalecimento das nossas lutas contra o latifúndio e todas as formas de exploração pelo capital, quanto na realização de atividades e projetos de pesquisa e extensão em nossos acampamentos e assentamentos.
Em Alagoas, essa rica parceria também já é de longa data e essa relação tem proporcionado interessantes intercâmbios de conhecimentos e experiências em diferentes áreas. Nos últimos anos, temos percebido cada vez mais o interesse dos estudantes em conhecer nossa organização, nossa história, nossas lutas, acampamentos, assentamentos e etc. Sendo assim, estamos construindo coletivamente com um grupo de estudantes um encontro com amigos e amigas do MST de Alagoas, com o objetivo de proporcionar um diálogo com estudantes que se mostram interessados em conhecer melhor a realidade dinâmica e cotidiana do Movimento, bem como para fortalecermos a relação entre movimentos sociais e Universidade – a partir dos/as estudantes, e ainda, promover uma socialização de algumas experiências estudantis junto com o MST.
O Encontro Estudantes em Movimento acontecerá de 20 a 22 de Agosto deste ano no acampamento Dandara, em Arapiraca, em que teremos debates, filme, atividades culturais, e um momento de vivência em acampamentos e assentamentos do MST.
Assim, contamos com a sua participação! Para mais informações e confirmação até o dia 04 de agosto, nos seguintes contatos:
Hitallo Viana 8878-3441 – hitalloviana@yahoo.com.br
Laís Gois 3223.8799 – laisgoara@gmail.com
Franqueline Terto 9331.3199 – franqueline.mstal@gmail.com